O Arquipélago está localizado no Oceano Atlântico, a uma distância de Portugal Continental de cerca de 1.500 Km.
O arquipélago dos Açores foi descoberto em 1.427 por Diogo de Silves, piloto de El-Rei de Portugal.
É composto por 9 ilhas:- Santa Maria, São Miguel, Terceira, Pico, Graciosa, Faial, São Jorge, Flores e Corvo.
A povoação das ilhas se fez a partir de 1.439 por ordem do rei Dom Afonso de Portugal.
Os Açores sempre foi integrado a Portugal, hoje é uma Região Autónoma, com Assembleia e Governo próprios. Os Açores integram a União Européia com o estatuto de de união ultraperiférica do território da união conforme estabelecido nos artigos 349 e 355 do Tratado
sobre o funcionamento da União Européia.
Localizados em pleno Oceano Atlântico, entre a Europa e a América do Norte, os Açores desenvolvem-se no paralelo de Lisboa com as latitudes de 39°43’/36°55’N. As nove ilhas têm uma superfície total de 2.333 km2 . A maior ilha é São Miguel com 747 km2, o a Ilha do
Pico, monte com 2.351 m, é a maior altitude dos Açores e de Portugal. O Arquipélago de Açores fica a 1.500 Km de Portugal Continental. A população da Região é de 256.000 habitantes. O clima do arquipélago é temperado marítimo, oscilando a temperatura média entre
14 ºC no Inverno e 22 ºC no Verão.
História - As primeiras referências às ilhas dos Açores aparecem em documentos portugueses da primeira metade do século XV. O povoamento destas ilhas teriam começado nesta época, não só com portugueses, oriundos
principalmente do Algarve e do Alentejo, mas também com flamengos.
Ao longo da história do arquipélago registaram-se diversos movimentos de emigração, especialmente para o Brasil e para os EUA. A sua importância estratégica manteve-se até ao século actual, tendo-se instalado no arquipélago, durante a Segunda Guerra Mundial,
bases dos Aliados, continuando hoje os EUA a usufruir desta localização. Encontram-se nos Açores inúmeras casas brasonadas, igrejas e vários fortes.
Em 1983 e 2004, respectivamente, a UNESCO reconheceu Angra do Heroísmo e a Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico como Património Mundial, e, em 2007, classificou as Ilhas do Corvo e Graciosa como Reservas da Biosfera.
Imigração para o Brasil - Os fatores que levaram os açorianos a emigrarem para o Brasil foram em primeiro lugar, o fato que 8 entre 9 Ilhas que compõe o Arquipélago são vulcânicas, com solo basálticos, sujeiras à erupções
excetuando-se a Ilha de Santa Maria. Os abalos sísmicos que ocorriam nas Ilhas, a explosão demográfica, o precário desenvolvimento econômico da região, a falta de alimentos. Portugal, para resolver a questão da densidade demográfica dos Arquipélagos de Açores e
Madeira e garantir a infra-estrutura aos projetos de expansão no sul do Brasil, resolveu estimular a imigração. Foram feitas promessas de ajuda aos açorianos para sua instalação, entre elas, que receberiam ferramentas, armas, dinheiro, farinha, isenção do serviço
militar, uma porção de terras (Sesmarias). A maioria das promessas não foram cumpridas, pois as terras que receberam eram inférteis. Para sobreviverem, se voltaram para as atividades pesqueira (Armação de baleias) e plantação de mandioca.
Em 1.692 chegaram 260 casais de Açorianos em Nossa Sra.do Desterro (atual Florianópolis) em Santa Catarina.
No início do século XVIII, S. Catarina consistia em 3 núcleos de povoações:- S. Francisco do Sul, Nossa Senhora do Desterro e Santo Antonio dos Anjos da Laguna. Grande parte dos imigrantes ilhéus foi instalada no então município de Laguna, em Santa Ana, Vila Nova,
e outra ainda foi reenviada para o Rio Grande do Sul, então parte da Capitania de Santa Catarina.
O primeiro contrato de transporte de 1.000 pessoas, foi assinado no dia 7 de agosto de 1747 entre a Corte Lisboeta e Feliciano Velho Oldenberg. Os navios “Jesus, Maria, José” e “Santa Ana” e “Senhor do Bonfim”, que em dois dias completaram a sua capacidade e
levaram a bordo um total de 473 pessoas. Nesta longa e difícil travessia, 12 pessoas morreram. Em 1748, foi feito o segundo transporte pelo mesmo contrato. Os barcos “Jesus, Maria e José” e “São Domingos e Almas” levaram 590 pessoas e 84 morreram. A alta taxa de
mortalidade nas viagens foi causada por vários motivos: os barcos não possuíam espaço suficiente para todos a bordo; a quantidade de água era limitada e a higiene, mínima; as câmaras limpadas diariamente pelas mulheres permaneciam molhadas, resultando em problemas
respiratórios devido à umidade do ar; a falta de comida fresca, frutas, legumes e vitaminas, causava fraqueza física e durante a longa viagem muitos adoeciam de febres, infecções intestinais, pneumonias, crises de fígado, escorbuto ou avitaminose.
(Fonte: http://www.premioiberoamericano.cz/documentos/15taedicion/3erPremioXV_AdaConeva.pdf )
Entre 1748 e 1752 houve 10 grandes levas de casais oriundos das Ilhas de Açores e Madeira que chegaram a S. Catarina.
Em fevereiro de 1748 chegavam à Ilha de SC, 461 pessoas, as quais no curso de março imediato estavam sendo instaladas em Lagoa da Conceição pelo Governador da Capitania Brigadeiro Silva Paes. Até o ano de 1756, totalizando cerca de 6000 pessoas. São fundadas as
"freguesias" de São Miguel, Santo Antônio, São José, Enseada do Brito, Vila Nova e Garopaba do Sul, todas no continente fronteiriço à Ilha de SC (Florianópolis), possibilitando a colonização e povoamento de S. Catarina.
A Orla catarinense foi colonizada por Açorianos que se dedicavam a agricultura e pescaria.
No ano de 1747 haviam 7.817 inscritos para virem para o Brasil meridional, das diversas Ilhas dos Açores, sendo que 6 mil,
desembarcaram em S.Catarina. Acredita-se que ao todo, foram transportados para S.Catarina, cerca de 4.500 açorianos, mas esta tabela nos faz concluir que foram mais do que imaginávamos. Fonte: Açorianos e Madeirenses no sul do Brasil - Walter F. Piazza
Primeiros açorianos em S. José - SC: São José da Terra Firme, recebeu 182 casais vindos na 3ª leva de imigrantes, perfazendo um total de 1.555 pessoas maiores e 204 menores. Antonio Francisco da Costa, Antonio Machado
Lourenço, Francisco Cardoso Vieira, Francisco da Roza da Silva, Ignácio de Faria Dutra, Joaquim Ferreira de Mello, Joaquim da Roza, João Antonio de Azevedo, João Silveira, José Caetano Pereira,
José da Silva Mattos , José Ferreira, José Machado Teixeira, José Pereira da Costa, Leandro da Cunha, Lourenço Duarte ,
Manoel Gularte da Silva , Manoel Gutierres da Silva, Manoel Pereira de Medeiros, Maria Enriques (viúva de Estevão Ruiz), Manoel Machado Lopes, Pedro Machado d'Avila , Silvestre Pereira de
Ávila e outros
Os limites da Freguesia de São José iam até os confins de Lages e a intenção era colonizar e cultivar essas terras. Não deu certo, pois os Açorianos gostavam da região do litoral, do mar e da pesca como era em suas terra natal Açores, Portugal.
A cultura açoriana ainda se faz presente, em certas localidades como Araranguá, Imaruí, Laguna, no sotaque, costumes seculares, como o de contar estórias e lendas fantásticas, fazer rendas e redes de pesca, bordados, cultivar ervas medicinais e comemorar
as festas do mar e do Divino Espírito Santo. A festa do Divino nos Açores foi influenciada pela devoção que a Rainha Isabel dedicava ao Divino Espírito Santo e os ilhéus pediam sua proteção contra as catástrofes naturais, a dureza da vida e o isolamento das
ilhas, aliados à fama dos milagres operados pelo Espírito Santo e a tradição se manteve e foi trazida para o Brasil.
Manezinho da Ilha
Lista de Imigrantes Açorianos
http://www.ihit.pt/new/emigranteslistar.php que imigraram para o Brasil.
Calcula-se que entre 1822 e 1900 perto de 1 milhão de portugueses do Continente e das Ilhas emigraram para o Brasil. A imigração continuou no Século XX. Na década de 1911 a 1920, emigraram para o Brasil 2.740 açorianos. Na década de 1921 a 1930, foi
de 3.401 o número de açorianos emigrados.
Registros Paroquiais de Açores
Veja os registros de seus antepassados das Ilhas de Açores/Portugal.
Calcula-se que entre 1822 e 1900 perto de 1 milhão de portugueses do Continente e das Ilhas emigraram para o Brasil.
A imigração continuou no Século XX. Na década de 1911 a 1920, emigraram para o Brasil 2.740 açorianos. Na década de 1921 a 1930, foi
de 3.401 o número de açorianos emigrados.
Fontes de Pesquisa:
Livro de Visitas